Comunicadores indígenas e locais estão lutando, testemunhando e documentando algumas das maiores batalhas pelos recursos naturais e pela integridade ambiental do nosso planeta. Seus territórios de origem podem ser locais com pouco ou nenhum respeito à lei. São também áreas que raramente recebem a visita da grande mídia e, mesmo quando isso acontece, costuma faltar contexto e profundidade de compreensão à cobertura realizada.
A opinião daqueles que vivem e respiram as realidades que estão documentando tem um valor inestimável.
A mídia não indígena, ou a mídia colonial, presta um grande desserviço aos povos indígenas. Geralmente, muito da cobertura é homogênea e tendenciosa, superficial, condescendente, sensacionalista e factualmente imprecisa e prejudica o bem-estar das nações indígenas.
John Schertow, editor-chefe da Intercontinental Cry
Para o Dia Internacional dos Povos Indígenas de 2017, Se Não Formos Nós, Quem? está lançando a versão beta de uma nova plataforma web dedicada a reportagens em vídeo produzidas em smartphones por indígenas e comunidades locais do mundo todo. Comunicadores indígenas e jornalistas cidadãos locais contam suas histórias de resistência territorial e cultural utilizando poderosos recursos visuais e filmagens em primeira mão.
Se Não Formos Nós, Quem? AO VIVO mapeia essas histórias, sempre que possível, em tempo real.
A plataforma de Se Não Formos Nós, Quem? para filmagem por smartphone irá simplificar e acelerar o acesso às questões dos povos indígenas com o objetivo de informar, divulgar e promover campanhas. Com isso, obteremos acesso simples aos problemas mais recentes de todo o arquipélago.
Jakob Siringoringo, aliança da juventude indígena BPAN, Indonésia
Se Não Formos Nós, Quem? AO VIVO irá contribuir para o compartilhamento ponto a ponto (P2P) de notícias entre comunidades e redes indígenas de todo o mundo, além de divulgar de maneira mais ampla histórias indígenas à mídia convencional.
Obtendo filmagens em primeira mão de comunicadores indígenas a jornalistas, ativistas e tomadores de decisão. Colocando o microfone diretamente nas mãos das comunidades que vivem em terras afetadas.
A plataforma será útil para divulgar as notícias em todos os lugares, porque a mídia aqui não a publica, disseminam o que querem e influenciam tudo. Vamos denunciar esse estado, é o terrorista.
Kurvf Ñi Malen Curaqueo, Nação Mapuche, Argentina
Conheça a plataforma e suas filmagens, adicione seus próprios vídeos e compartilhe sua opinião conosco.
Caso seja um comunicador indígena ou pertença a uma organização que trabalhe com comunidades indígenas, você poderá obter mais informações sobre como adicionar vídeos à plataforma neste endereço:
ifnotusthenwho.me/pt-br/almost-live
Envie-nos suas ideias: [email protected]
Essa nova plataforma de comunicação será uma enorme contribuição para a gestão territorial dos povos indígenas de todo o mundo, realizando e comunicando.
Larry Salomon, Nação Mayanga, Nicarágua