Roberto, Teófilo e as comunidades shipibo-conibo cuidam de sua floresta há décadas. Eles utilizam um inovador sistema de monitoramento florestal que combina patrulhamento tradicional a pé com as mais recentes tecnologias, como GPS, aplicativos móveis, alertas de desmatamento gerados por satélite e drones. Essas ferramentas têm permitido que monitores comunitários, ao lado de agentes públicos, localizem e identifiquem invasores de terra, cortadores ilegais de madeira e crescentes atividades ilícitas de cultivo de coca e tráfico de drogas em seu território ancestral. Eles enfrentam a intimidação constante de colonos
invasores. Em 2012, Eliseo Picón, membro da comunidade, foi assassinado; Roberto e Teófilo
seguem recebendo ameaças de morte.
Em 21 de setembro de 2017, pela primeira fez na história do Peru, as comunidades nativas shipibo-conibo de Nueva Saposoa e Patria Nueva foram credenciadas oficialmente pelo Estado como monitores florestais.
Isso confere a essas comunidades o histórico reconhecimento legal para fazerem cumprir a legislação florestal peruana em suas terras de direito, inclusive a autoridade para interromper a extração e o transporte de recursos naturais, além de um vínculo direto com as autoridades florestais.
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Mais Informações
- Peruvian Indigenous Communities Are Officially Recognized as Forest Guardians – Rainforest Foundation US –https://social.shorthand.com/RainforestUS/3y1A8vLsOu/peruvian-indigenous-communities-are-officially-recognized-as-forest-guardians
